quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Nós somos justificados pelo que Deus fez por nós

 


Vamos pensar um pouco no capítulo 2 da carta que Paulo escreve aos Gálatas, aos cristãos lá da Galácia, eles estavam sendo atacados por alguns judaizantes que queriam colocar os costumes da lei também, agregando eles ao fato da salvação em Cristo Jesus. E estava gerando um problema naquela igreja. E Paulo vai tratar agora a questão da doutrina, da justificação pela fé.

 

E aqui nós estamos falando de um contexto deste conflito que Paulo teve com Pedro. Pedro apoiando ali naquele momento os judaizantes. Irmãos, a justificação é uma doutrina evangélica revelada por Deus e é algo que não foi descoberto por homens, é algo que Deus revelou, Deus mostrou para nós a doutrina da justificação.

 

Onde tanto os judeus como os gentios, trazendo para o contexto aqui do capítulo 2, são salvos pela mesma maneira. Não pelas obras da lei, mas pela graça de Deus. Ambos justificados pela fé e não por obras.

 

Isso é algo que nós precisamos olhar, analisar e trazer isso muito claro no nosso coração. Se  a justificação pelas obras fosse o caminho da salvação, o homem só iria receber aquilo que ele fez por merecer. Então as glórias, o resultado da sua salvação seria por causa das obras que ele realizou.

 

A glória então seria do homem pela sua salvação. Mas a justificação por meio da fé coloca Deus no centro do palco. A justificação por meio da fé mostra a redenção que o homem se beneficia, mas vindo totalmente da parte de Deus.

 

E é por isso que toda a glória da nossa salvação é dada somente a Deus. JUSTIFICAÇÃO. John Stott falando sobre justificação, diz que justificação é um termo legal que foi tomado emprestado dos tribunais e é exatamente o oposto de condenação.  Condenar é declarar uma pessoa culpada e justificar, que é o contrário, é declarar uma pessoa sem culpa, inocente. JUSTA.

 

E na Bíblia essa palavra justificação nos fala de um ato imerecido do favor de Deus por meio do qual coloca diante de si o pecador. Não apenas perdoado, mas isento de culpa. Que é mais profundo ainda.

 

Ele é isento de culpa. Deus aceita o homem pecador, Deus trata o homem pecador e declara ele agora como justo. Justificação não é apenas perdão. Porque uma pessoa perdoada volta a pecar e torna-se culpado de novo. Mas a justificação nos diz que uma vez justificados pela fé, nunca mais seremos declarados culpados diante de Deus. Louvado seja Deus por isso.

 

A justificação é diferente de um indulto, pois um criminoso que recebeu um indulto, ele carrega a sua ficha criminal, constando os seus crimes. Quando um pecador é justificado pela fé, os seus pecados são perdoados, os pecados passados, diz a Bíblia, não são mais lembrados, não são mais usados contra ele. Deus não registra as suas transgressões.

 

Que maravilha poder olhar isso. Salmo 32, versículos 1 e 2 fala isso, Romanos 4, versículos de 1 a 8. Isso é a maravilha da obra da justificação que nós recebemos em Cristo Jesus. A justificação é um ato, ela não é um processo.

 

Em Gálatas 2:16 deixa isso muito claro, a justificação é um ato exclusivo de Deus, não é uma obra humana. A justificação não é um ato repetitivo, é um ato que acontece de uma vez por todas.

 

A justificação não é um processo, nós não vamos sendo justificados aos poucos. A justificação não possui graus. O menor cristão ou o mais santo dos cristãos são todos justificados diante de Deus de igual modo.

 

Então não tem um mais justificado do que o outro. Não existe grau de justificação, porque se a justificação fosse pelas obras, aí sim teríamos graus de justificação. Mas como é ao que parte de Deus, não é um processo gradual.

 

A justificação tem a base, a morte de Cristo, como a causa meritória de tudo isso. A justificação é baseada na obra que Cristo realizou na cruz do Calvário. Nós não somos justificados pelas obras da lei, nem mesmo por causa da nossa fé.

 

Nós somos justificados por aquilo que Deus fez, não aquilo que nós fazemos para Deus. Nós somos justificados pelo que Deus fez por nós. Entenda isso.

 

A nossa justificação não é pela fé, por meio da fé. E isso é algo que nós precisamos lembrar sempre. A única obra que Deus aceita como base da nossa justificação foi a obra redentora, expiadora de Cristo Jesus na cruz do Calvário.

 

O sacrifício expiatório de Cristo é a causa meritória da nossa justificação. Somos justificados em virtude da morte de Cristo em nosso favor. Salvos pela graça de Deus, revelada, manifesta, na obra que Cristo realizou por nós na cruz do Calvário.

 

DEUS JUSTIFICA PECADOS. DEUS JUSTIFICA PECADORES. DEUS NÃO JUSTIFICA PESSOAS BOAS.

 

Entenda isso. Deus não está procurando pessoas boas para justificá-las. Deus está justificando pecadores.

 

Pessoas que reconheçam seus pecados. Paulo diz em Romanos 4 e 5 que Deus justifica o ímpio. Aqueles falsos ensinadores, aqueles falsos apóstolos, eles não rejeitavam Cristo. Eles não rejeitavam Cristo de forma descarada, eles não rejeitavam a fé de forma definitiva, mas exigiam que as cerimônias fossem juntadas, fossem colocadas juntos, como se ambos tivessem igual peso para a nossa justificação. Isso é um problema.

 

Isso é um problema que ainda hoje muitas pessoas querem colocar. E precisamos atentar a isso, viu, meus irmãos, amigos que leem? Tem pessoas hoje que falam de Cristo, falam da fé, mas querem agregar a isso como fundamento para a salvação outras coisas. Você fala de Cristo, fala da cruz, mas fala do sábado também, que você precisa guardar para ser salvo.

 

Fala da cruz, fala de Cristo, mas fala das boas obras que você precisa fazer também para ser salvo. Fala até algum absurdo que eu ouvi esses dias, a pessoa falando de Cristo, falando da cruz, mas falando que o dízimo também é questão para você ser salvo. Colocam de igual modo, irmãos, nada além da cruz de Cristo é necessário para a nossa justificação.

 

E foi isso que Paulo repreendeu aqueles que estamos aqui. Paulo, se Paulo tivesse admitido, irmãos, a junção aqui do ensino desses falsos apóstolos, colocando junto com a obra da nossa redenção, nós estaríamos hoje perfeitamente de acordo com aquilo que era ensinado por aqueles perturbadores da igreja. Paulo poderia até dizer, tá bom, tá bom, quer fazer, faça, vamos fazer só para ter paz.

 

Não, Paulo repreendeu, porque não pode ser admitido. E se você está sendo ensinado, doutrinado, ouvindo isso, cuidado com isso, sai fora dessa. A obra da nossa salvação, exclusivamente pela obra redentora da cruz de Cristo Jesus, somos justificados por Deus.

 

É muito claro o que a palavra diz. Justificação como um ato judicial de Deus. Não descansa nas nossas obras, Galatas 3 e 11, Galatas 5 e 4, Romanos 3, 20 e 28, nem mesmo na fé como a obra do homem, como Efésios 2 e 8. NÃO É POR VOCÊ TER FÉ, MAS A FÉ É UM MEIO, É UM INSTRUMENTO.

 

Mas a justificação é unicamente na graça soberana de Deus em Cristo Jesus, somente a obra mediadora consumada por Cristo provê uma base legal para a nossa justificação. Somente assim o homem pode chegar a ser considerado justo diante de Deus, porque só Cristo satisfez completamente as demandas da lei de Deus, ele não só pagou a nossa dívida, mas também rendeu obediência àquela que nós devíamos. E agora nós cremos em Cristo e somos salvos.

 

Romanos 3 e 24, Romanos 3 e 24, aqui Galatas 3 e 24 também fala, 2 Coríntios 5 e 21, Efésios 1 e 7, todos os textos que dão base a isso aqui. E eu termino esse estudo lembrando, a justificação tem na fé a sua causa instrumental. E eu preciso reforçar isso aqui antes de terminar esse estudo.

 

Somos salvos não pela fé, mas pela graça mediante a fé. A fé não é a causa meritória, mas é a causa instrumental da nossa justificação. Não é só você ter fé para ser salvo, não é você achar que você é salvo pela sua fé.

 

A fé ela é um meio, é um instrumento. A justificação não procede da fé, assim como não procede das obras. Mas a justificação é apropriada por meio da fé.

 

É como se Deus nos apresentasse Cristo e por meio da fé nós recebêssemos. É como se a fé fosse a mão estendida para receber o presente da vida eterna que Deus nos oferece. Os judaizantes queriam a salvação, eles criam em Cristo.

 

Mas eles queriam as obras da lei, a prática da lei, para também experimentarem a justificação. A justificação pela fé, mesmo sendo essa fé um dono de Deus, não reduz o homem a uma mera passividade. Nós não estamos falando aqui que porque você não tem que guardar a lei, porque você não precisa de obras, que você já é salvo automaticamente.

 

João 3,16 nos fala que o Senhor Jesus veio a este mundo, foi oferecido naquela cruz por nós, mas todo aquele que nele crer tem a vida eterna. Paulo escreve em Filipenses 2, versículos 12 e 13 que tanto Deus que dá, o agir, o mover, nós precisamos caminhar, buscar, obedecer, estender a mão para receber a salvação que Ele oferece. Não é algo passivo, automático, não, eu preciso crer.

 

Que o Senhor nos dê sabedoria, o Senhor nos dê direcionamento para entendermos e praticarmos isso na nossa vida diária. Entender que só por Cristo somos justificados. Nada que fazemos, mas também não é algo automático.

 

Eu preciso ter a atitude de crer, receber isso por meio da fé. Que Deus te abençoe.

 

terça-feira, 30 de julho de 2024

A maior necessidade do homem.

 


Muito bem, nós estamos aqui no capítulo 2 da carta que Paulo escreveu aos Gálatas, falando um pouquinho da justificação. (Gálatas 2:15-16) hoje eu quero falar um pouquinho sobre a maior necessidade do homem. Por que a justificação é tão importante para o homem? Meu querido, a maior necessidade do homem não é por saúde, não é por prazer, não é por riqueza, não é por poder.

 

A maior necessidade do homem é a salvação. Ao passo que a maior tragédia do homem não é a pobreza, não é a doença e nem mesmo a morte. A maior tragédia do homem chama-se pecado.

 

A maior tragédia do homem é estar separado de Deus e debaixo da sua ira. Sabe, o pecado é pior do que a fome. O pecado é pior do que a pobreza.

 

O pecado é pior do que a doença. O pecado é pior do que a própria morte. Porque todos estes males que nós falamos não podem separar o homem de Deus,  mas o pecado separa o homem de Deus agora e também, depois da morte, o deixa para toda a eternidade longe da presença do Altíssimo. E o pecado tem sido encarado de uma forma tão leviana nos nossos dias. Nunca vimos tantas pessoas debochando e brincando com o pecado como nos nossos dias.

 

Pessoas gastando as suas vidas, tentando preencher o vazio que existe dentro de si, achando que a maior necessidade está nessas coisas terrenas, quando na verdade a maior necessidade que tem é de uma restauração da comunhão com Deus, é da justificação diante de Deus. A justificação é a maior necessidade do homem. Sabe por quê? Porque, em primeiro lugar, o homem é pecador e ele não pode salvar a si mesmo.

 

Como pode um homem pecador estar em comunhão com Deus? Como pode um homem pecador estar diante de um Deus que é santo? Como pode aquele homem, aquela mulher que vive de forma arruinada, falida moralmente, espiritualmente, ter a sua dívida quitada com Deus? O homem é impuro. Ele não pode justificar e nem purificar a si mesmo.

 

Essa dura realidade, o pecado é uma mácula que contamina o homem. Diante de Deus, o homem está sujo, não pode lavar a si mesmo, porque todo o seu ser está contaminado. Tudo está poluído pelo pecado.

 

O homem está completamente contaminado e ele não pode justificar a si mesmo. A própria Bíblia diz que a melhor das suas obras, da sua justiça, são comparados a trapos de imundícia, aquele pano cheio de podridão que cobre uma ferida. Assim é comparado a maior obra, a melhor justiça que o homem possa produzir aos olhos de Deus.

 

O homem não pode purificar a si mesmo. O homem, naturalmente, no seu estado, e isso falando no versículo 15, Paulo expondo isso. O homem, por si mesmo, ele está como filho da ira.

 

Ele não pode alcançar o favor de Deus por si mesmo. Essa é a condição da humanidade. Meus amados irmãos, o pecado, ele é algo malignicíssimo aos olhos de Deus.

 

É algo muito sério. O pecador está morto em seus delitos e pecados. O pecador é escravo do mundo, da morte, do diabo, filho da ira, debaixo da ira de Deus.

 

Esta é a sentença do homem, esta é a sentença da humanidade, ele não pode alcançar por si mesmo o favor de Deus. Eu falo isso aqui muito triste, preocupado, porque essa é a realidade de centenas, milhares, da humanidade por si só, está debaixo da ira de Deus, e muitos não importam com isso. Nós vivemos em uma geração, e eu coloco isso para a geração que nós estamos inseridos, onde uma geração que ao olhar para Deus só quer pensar no amor de Deus, e Deus é amor, mas lembremos, nós estamos debaixo da ira de Deus, e por nós mesmos não conseguimos fazer nada, nós não temos condições de fazer nada por nós, é por isso que dependemos totalmente da justificação, é por isso que a justificação se torna tão importante para nós, o homem é imperfeito, ele não pode cumprir plenamente a lei de Deus para se apresentar justificado diante de Deus, nós não podemos, e entendemos algo, no céu não entra pecado, uma pessoa para entrar no céu, ela precisa ser perfeita, no céu não entra nada manchado, o pecado não entra no céu, nada contaminado entra no céu, e o homem é transgressor da lei, ele peca, o homem peca por palavras, por obras, por omissão, por pensamento, e a lei exige do homem perfeição, mas ele é imperfeito, e por isso ele não pode ser justificado pelas suas obras, então não caia no engano de achar que você vai fazer boas obras para sua justificação, que você vai cumprir a lei para ser justificado diante de Deus, que você consegue sozinho, não conseguimos, nós não temos condições, nós somos pecadores e nós pecamos, nós jamais vamos conseguir cumprir totalmente a lei de Deus, nós não conseguimos, e aí a necessidade da obra justificadora de Cristo Jesus em nosso favor, daí a necessidade da justificação.

 

Quero que você entenda e pense nisso, o pecado é algo sério, se abrigue em Cristo Jesus, para resolver essa situação triste que o homem se encontra, Deus fez por nós, enviou o seu Filho como nosso substituto, o Senhor Jesus que veio a este mundo assumiu o nosso lugar, a Bíblia diz que Deus fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós, e Jesus levou sobre si o peso dos nossos pecados, para que aquele homem, aquela mulher que se abriga em Cristo, que reconhece Ele como Senhor e Salvador, possa desfrutar desta nova vida, ser justificado, e então ter acesso a presença de Deus, louvado seja Deus por isso, se você não tem pensado nisso, pensa nisso, deixe que o Senhor fale ao seu coração, e se abrigue em Cristo, descanse nele, viva essa nova vida que Ele oferece para você, que Deus te abençoe.

 

sábado, 27 de julho de 2024

O que fazer com essa tal liberdade?

 


Estamos no capítulo 5 e a partir do versículo 13 será a base dos nossos pensamentos hoje. Paulo está falando sobre a liberdade cristã, alertando para o perigo entre nessa liberdade cristã. Paulo nos diz no versículo 13 que a liberdade cristã não é uma licença para pecar. Existem muitas pessoas que fazem da liberdade cristã, como eu disse, uma libertinagem.

É o liberou geral. Sou livre em Cristo, posso fazer o que eu quero. E Paulo está exortando que não é assim.

Versículo 13, a primeira parte, diz, porque vós, irmãos, foste chamados à liberdade, porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne. Nós somos chamados para a liberdade e não para a escravidão do pecado. Isso é algo que nós, cristãos, precisamos ter em mente.

Exortando os gálatas a não permitirem nenhum impedimento da liberdade, no primeiro versículo do capítulo 5, Paulo recomenda a eles que sejam, então, moderados, equilibrados nessa liberdade. Nós somos chamados para uma vida nova e não para viver novamente na coleira do pecado. Liberdade cristã não é uma licença para viver pecando, mas é para poder viver em novidade de vida.

Liberdade cristã não é licenciosidade, mas é um deleite na santidade. Eu gosto sempre de pensar isso, irmãos. Nós somos livres para poder adorar a Deus, obedecer a Deus de forma prazerosa, nos deleitando nisso.

Essa é a nossa liberdade cristã. Não para viver uma vida no pecado, no domínio, na opressão do diabo, das pressões desse mundo, querendo nos levar a viver, a amoldar de acordo com esse mundo. Nós somos chamados para a liberdade, essa vida de santidade e obediência ao nosso Deus.

A liberdade cristã não é uma liberdade para pecar. É uma liberdade irrestrita para se aproximar de Deus, como filhos de Deus, tendo acesso à presença de Deus, coisa que o pecado impede esse acesso do homem a Deus.

Essa licenciosidade desenfreada que nós vemos hoje no mundo, as pessoas dizem, você é livre para fazer o que você quer, não é? Isso não é liberdade. Nós sabemos que isso tem outro nome. Isso a gente poderia dizer que é a mais terrível de todas as servidões.

É uma escravidão a essa natureza nossa, caída, manchada, corrompida pelo pecado, que sempre nos leva ao pecado, sempre nos puxa para a desobediência a Deus. Jesus disse que aquele que pratica o pecado é escravo do pecado. Está lá em João 8, 34.

Paulo diz que o homem, antes da conversão é escravo de toda sorte de paixões e prazeres. Paulo escreveu isso em Tito capítulo 3, versículo 3. Essa palavra liberdade hoje está muito desgastada.

Vemos pessoas dizendo, nós somos livres para fazer o que temos vontade, não é? Já ouviu essa? Faz o que você tem vontade, você é livre, a vida é sua, não é? Aproveite. E essa palavra liberdade, nesse contexto, a grande parte das vezes é uma liberdade que te deixa livre para pecar, para fazer tudo o que você quer, para viver as práticas mais desprezíveis, não é? Mas essa liberdade que leva para tudo o que você está vendo acontecer no mundo hoje, não é? Todas as práticas, atitudes, ações que Deus condena. Mas debaixo dessas práticas, ou por cima dessas práticas, melhor dizendo, está aquela expressão, isso é a liberdade para fazer o que você quiser.

Isso é terrível pensar esse contexto de liberdade, quando na verdade isso não é liberdade, isso na verdade é uma escravidão. A palavra que Paulo usa aqui, a palavra ocasião à carne, é uma palavra grega, que é usada num contexto militar, que fala de uma ofensiva, de um contra-ataque. É essa palavra que Paulo está usando aqui. Fala de um lugar vantajoso, uma oportunidade, um pretexto. Assim, a nossa liberdade em Cristo não deve ser usada como um pretexto para uma auto-indulgência.

Não é para você falar, eu faço porque tenho liberdade para fazer, eu posso fazer. Uma pessoa oportunista que está sempre pronta para tirar proveito de alguma coisa. Parte B do versículo 13, Paulo segue dizendo que a liberdade cristã não é uma permissão também para explorar o próximo. Não usa essa liberdade para poder viver desse jeito, usa essa liberdade para amar o próximo, para servir o próximo. Quem ama, você sabe, não explora. Quem ama, ao invés de explorar, serve.

Quem ama o próximo, serve o próximo. Nós somos livres, livres para amar, para servir, não para explorar. Não para pisar, para humilhar o próximo.

O amor é agir como o samaritano. Você lembra da parábola do bom samaritano? Aquele homem que estava caído ali, precisando de auxílio e o samaritano para e o ajuda, o serve. O cristão não pode olhar a pessoa necessitada e passar de largo. E como aquelas pessoas fizeram, para não se envolver com os feridos, com os caídos. Mas ele aproxima, ele cuida, ele serve. E nós, enquanto cristãos, somos chamados para isso. Nós somos livres em Cristo.

Nós precisamos nos doar em prol daqueles que necessitam. Nós precisamos levar essas boas novas, precisamos levar o amor de Deus a essas pessoas que carecem, ao nosso próximo. E Paulo está trazendo aqui, usa essa liberdade para isso.

Nós somos livres em nosso relacionamento com Deus, mas escravos dos nossos relacionamentos com o próximo. Nós precisamos servir. Sempre digo, o nosso cristianismo, ele não deve ser só um cristianismo de palavras, mas de prática, de vivência, de realidade.

Nós não podemos usar o próximo como se fosse simplesmente uma coisa para nos servir. E tem muitas pessoas que estão nesse mundo, em nome dessa liberdade. Usando as pessoas para se servirem.

É tão difícil hoje você encontrar pessoas dispostas a servir, a auxiliar, em todos os aspectos, todos os âmbitos da sociedade. E aí nós olhamos para nós cristãos e somos exortados. Será que nós estamos tendo essa disposição? Ou nós queremos usar a nossa liberdade para tirar proveito sempre da situação? Para não fazer nada em prol de ninguém.

Precisamos entender que não somos um senhor com uma porção de escravos. Mas um escravo com uma porção de senhores. A gente precisa estar disposto a servir.

Como você está disposto a servir na sociedade que você está inserido, na sua família, na igreja, sabe? Para com aquela pessoa que carece. Carece das boas novas de salvação. Carece de uma demonstração de amor cristão prático.

Grande parte dos cristãos hoje são cristãos dentro das quatro paredes, né? Lá no templo, lá no salão de reunião ali é um cristão maravilhoso, mas e quando sai? E na sua comunidade, na rua que você mora, na sua casa, no trabalho, que tipo de cristão nós estamos sendo? É isso que Paulo nos chama a praticar esse amor, né? A viver esse amor. A liberdade cristã é serviço, não é egoísmo. E nós possamos tirar isso aqui de lição para as nossas vidas.

E vivermos vidas verdadeiramente livres em Cristo, não livres para pecar. Mas uma liberdade para servir a Deus e para servir o próximo, demonstrando o verdadeiro amor que nós já experimentamos um dia nas nossas vidas. Deus te abençoe.

quarta-feira, 24 de julho de 2024

Missões

 Hoje fomos lembrados de que apesar de toda demanda, falta e escassez que possamos ter, a maior necessidade do ser humano é do Evangelho do Cristo que atrai para sim os sedentos, cansados e sobrecarregados.Um dia ele volta. Até lá, a gente canta e chora um pouco. Ou muito. A gente adora, aprende, serve, trabalha. Muito. Até lá, a gente vive no incômodo do mundo quebrado, esperando que Emanuel venha de novo.